"O pensar se manifesta na palavra; A Palavra se transforma em ato; o ato se desenvolve em hábito; e o hábito endurece como caráter." - Buda

"Nós somos as sondas por meio das quais a existência conhece a si mesma."

quarta-feira, 31 de março de 2010

Pensamento crítico e mente aberta encerramento

Bom, nossa segunda possibilidade visto o último post é a da pessoa de aspirações científicas, marcadas por uma certa descrença do sobrenatural e do supersticioso.
Este segundo indivíduo é marcado por uma crença dogmática e inabalável no poder dos sentidos para apreender os eventos do mundo. Essa crença é colorida por outra crença, do poder do rigor científico para explicar os eventos.

Esta pessoa, possivelmente vem de um lar onde sentimentos, o expressar livre de sentimentos, não era encorajado. Onde o sentir era associado ao descontrole, ou a irracionalidade.
Essa pessoa não necessariamente possuía pais cientistas. Só é necessário que encoragem a racionalidade como método para toda e qualquer situação; que associem o fato de não demonstrar emoções com força, firmeza de caráter. Que façam com que a criança se sinta desejosa de não exteriorizar suas emoções.
Com as emoções devidamente suprimidas, o intelecto toma proeminência na vida desta criança. Uma pessoa que desconfia de reações emocionais e se sente francamente desconfortável na presença das mesmas, encontra guarita nos livros e em qualquer atividade onde as emoções estejam praticamente ausentes.

Esta pessoa cresce com a ilusão que é equilibrada e coerente, já que desde a mais tenra infância sabe manter-se tremendamente tranquila enquanto outros não.
Claro que de tempos em tempos ela se pergunta porque não chorou no enterro da avó, mas nada que perturbe sua auto-imagem.

Uma pessoa para se tornar dogmática precisa agarrar-se a sua presente visão de mundo, e fazê-la parte integral de seu senso de eu. Qualquer desafio a suas crenças é um ataque pessoal. Isto é fácil de se enxergar no fanático religioso mas por vezes é mais difícil de enxergar no fanático científico.

Mas ciência e religião vivem em planos diferentes você pode argumentar; que a ciência vive de fatos, e a religião de crenças.

A ciência é tão creonte quanto a religião.

Agora justificarei minha heresia.
Houve, em algum momento, uma pesquisa continuada, com rigor, para estabelecer a existência da alma?
Porque estamos há mais de 100 anos tentando colidir átomos, e a despeito de todos os fracassos continuamos até conseguir.
Porque, cientistas que tentam elucidar "tópicos quentes" como por exemplo outras teorias a respeito da HIV, benefícios de meditação e outros são brutalmente ridicularizados, perseguidos e desacreditados.
Se, uma pessoa discorda de você, há alguma necessidade de queimar suas publicações como fizeram com Raymond Fife?
Estes são comportamentos de fanáticos, e não de livres pensadores exercendo o pensamento crítico. Se um livre pensante encontra um fio de investigação, ele o investiga até se exaurir, sem nenhuma expectativa de que é verdade ou não o que está investigando, até mesmo a respeito de como acontece.
A partir do momento em que você tem expectativas, e tais expectativas são emocionalmente importantes para a preservação do seu senso de eu - "não posso acreditar que a mente possa influir sobre a matéria" - você já deixou de ser um pesquisador objetivo há muito tempo.

Possuindo experiência suficiente, e influência suficiente no meio científico, é possível provar ou refutar qualquer coisa. Dados são conjurados do ar o tempo inteiro, no entanto raramente os pesquisadores mais inocentes levam isto em consideração.

Dizer que a pesquisa acadêmica é livre de interesses, é simplesmente ingenuidade perigosa.

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